Kimberlé Crenshaw e o feminismo interseccional (24/31)

Kimberlé Williams Crenshaw (nascida em 1959) é uma advogada norte americana e uma importante referência no campo conhecido como teoria crítica racial. Ela é professora titular da Faculdade de Direito da Universidade de Califórnia e da Universidade de Columbia, onde se especializou em questões de raça e gênero. Ela é conhecida pela introdução e desenvolvimento da teoria interseccional, que é o estudo de como as identidades sociais sobrepostas ou interceptadas, particularmente as identidades minoritárias, se relacionam com sistemas e estruturas de opressão, dominação ou discriminação. 


Crenshaw nasceu em Canton, Ohio, em 1959. Ela recebeu um diploma de bacharel em estudos africanos na Universidade de Cornell, em 1981. Ela é fundadora do campo da teoria crítica racial e professora de direitos civis, estudos críticos de raça e Lei constitucional. Em Columbia, ela é fundadora e diretora do Centro de Interseccionalidade e Estudos de Política Social, criada em 2011. Em 1996, ela co-fundou e se tornou diretora executiva do centro de pesquisa sem fins lucrativos e centro de informações, The African American Policy Forum, que se concentra em questões de gênero e diversidade.

O African American Policy Forum (AAPF) é um grupo de reflexão focado em desmantelar a desigualdade estrutural e avançar e expandir a justiça racial, a igualdade de gênero e a indivisibilidade de todos os direitos humanos, tanto em Estados Unidos como internacionalmente. Em 2001,  Crenshaw escreveu o documento de referência sobre Raça e Discriminação de Gênero para a Conferência Mundial das Nações Unidas sobre o Racismo. 

Mas, Kimberlé Crenshaw é conhecida principalmente por introduzir a teoria da interseccionalidade na teoria feminista na década de 1980. Sabe-se que o conceito de interseccionalidade não é novo, mas ela foi formalmente reconhecida a partir da sistematização de Crenshaw. Sua inspiração para a teoria começou enquanto ela ainda estava na faculdade e ela percebeu que as relações de gênero e raça estavam extremamente frágeis. 

Entre as principais publicações de Crenshaw temos "A Intersecionalidade na Discriminação de Raça e Gênero" que você encontra neste link. Além deste texto, ela publicou trabalhos sobre direitos civis, teoria jurídica feminista negra e racial, racismo e lei, dando uma importante contribuição ao debate feminista no mundo.

VIVA KIMBERLÉ CRENSHAW!
VIVA AS MULHERES NEGRAS!



No mês de julho vamos celebrar, conhecer, homenagear 31 mulheres no mês de julho! Sabemos que ainda é pouco, mas será um prazer rever a vida de algumas das nossas inspirações! Billie Holliday, Carolina Maria de Jesus, Elza Soares, Ella Fitzgerald, Chimamanda Ngozi Adichie, Sueli Carneiro, Taiye Selasi, Luiza Bairros... São tantas pretas maravilhosas que iremos homenagear! Não perca!!

0 comentários:

Postar um comentário