Billie Holliday: a tragédia promovida pelo racismo e machismo (01/31)


Billie Holiday (1915-1959) foi uma cantora e compositora norte americana. A cantora nasceu como Eleanora Fagan Gough em 7 de abril de 1915. Sua história foi marcada pelo racismo, pela relação de exploração de homens, e ainda assim, Billie Holiday se tornou a maior diva da história do Jazz.


A cantora teve uma infância comum a mulheres negras e pobres: vivenciou o abandono do pai, a violência sexual aos 10 anos, a prostituição aos 14 anos. Com 15 anos ela começou a cantar em bares e casas noturnas como forma de sobrevivência, quando ela e sua mãe estavam prestes a serem despejadas.


Aos 18 anos começou a gravar na Columbia Records. E inaugura uma nova forma de cantar. Mesmo diante do marcante preconceito racial na sociedade norte americana, Billie Holliday foi a primeira a cantar em bandas com músicos brancos. Entretanto, sua carreira foi marcada pela exploração.


Entre os anos 1933 – 1944, quando produziu suas obras mais importantes, Billie Holiday nunca recebeu nada em direitos autorais. Foram mais de 50 discos lançados e a cantora morreu aos 44 anos na miséria, vítima do uso de drogas, depois de ser presa diversas vezes por prostituição, uso de drogas, desacatos.

Mesmo ganhando o mundo com seu sucesso, Billie Holliday passa a vida sofrendo diversas opressões. Seu maior sucesso, “Strange Fruit”, é uma canção de protesto contra a segregação e o racismo. A cantora seguiu sempre apanhando e sendo explorada. Passou a vida sendo perseguida pela polícia devido às drogas, o fisco por sonegação do que nem tinha. 

Vemos que nem mesmo a fama salvou Billie Holliday das dores causadas pela dupla opressão que ainda vítima as mulheres negras: o machismo e o racismo.
Mais de 100 anos depois de seu nascimento, toda homenagem a Billie Holliday é pouca. 

Viva Billie Holliday!
Viva as mulheres negras!


Um pouquinho de Strange fruit:


Mais de Billie Holliday: http://www.billieholiday.com/


No mês de julho vamos celebrar, conhecer, homenagear 31 mulheres no mês de julho! Sabemos que ainda é pouco, mas será um prazer rever a vida de algumas das nossas inspirações! Billie Holliday, Carolina Maria de Jesus, Elza Soares, Ella Fitzgerald, Chimamanda Ngozi Adichie, Sueli Carneiro, Taiye Selasi, Luiza Bairros... São tantas pretas maravilhosas que iremos homenagear! Não perca!!

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